terça-feira, 15 de abril de 2014



Projeto propõe distribuição de kit bíblico em escolas públicas

Alunos de 6 a 12 anos receberiam kits com materiais que contemplariam todas as crenças
por Leiliane Roberta Lopes

Projeto propõe distribuição de kit bíblico em escolas públicasProjeto propõe distribuição de kit bíblico em escolas públicas
O deputado estadual Kennedy Nunes (PSD) apresentou um projeto na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) que prevê a distribuição de um kit bíblico aos alunos da rede estadual.
A proposta pretende contemplar alunos de todas as religiões, tanto que a Bíblia -que faz parte do kit- poderá ser escolhida pelo aluno na versão católica ou evangélica.
Ao ganhar a imprensa local, o projeto de Nunes gerou grande polêmica no estado, levantando apoio e críticas nas redes sociais.
Um dos problemas seria a falta de informação sobre o kit para crianças não cristãs, se elas receberiam os livros sagrados de suas religiões como o Corão ou a Torá.
Pelo Twitter o deputado do PSD defendeu sua proposta dizendo que não vê problema em tratar desse assunto com alunos de 6 a 12 anos. “Qual o problema em falar de religiosidade nas escolas? Querem falar de sexualidade e até de gêneros e por que a religião não?”, questionou.
O parlamentar também falou que a falta de religião “faz do ser humano um andróide” e deixou claro que buscaria parcerias com entidades particulares para ajudar a bancar os kits que seriam distribuídos nas escolas.
Outro ponto apresentado por Kennedy Nunes é que as aulas sobre histórias bíblicas sejam disciplinas extracurriculares, fora da carga horária tradicional.
Para Cássia Ferri, pró-reitora de ensino da Univali e especialista em educação, o projeto pode causar desconforto se não contemplar todas as religiões existentes.
“As escolas públicas precisam aceitar toda a diversidade religiosa. A leitura dos textos bíblicos é válida, mas não pode ser a única opção aos alunos”, disse ela.
Antes de ser votado no plenário da ALESC o projeto precisa passar pelas comissões de Legislação e Justiça e de Educação, Cultura e Desporto da casa. Com informações Diário Catarinense.

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