sexta-feira, 28 de março de 2014

Achado arqueológico em Israel confirma relato do Livro de Josué

Pesquisadores escavaram as ruínas da cidade de Ai
por Jarbas Aragão

Descoberto ano passado, durante meses de escavação na área com as ruínas da fortaleza em Khirbet el-Maqatir, 9 km ao norte de Jerusalém, um pequeno amuleto ajudou arqueólogos a comprovar mais um relato bíblico.
O Velho Testamento conta a história da cidade de Ai, que foi conquistada e incendiada pelos israelitas durante a conquista de Israel. No Livro de Josué há um relato sobre isso, mas sua localização nunca foi totalmente comprovada.
A escavação liderada pela Associates for Biblical Research (ABR), um ministério especializado em escavações bíblicas, no ano passado foi muito proveitosa. A equipe descobriu em uma caverna subterrânea, ruínas de um casa e mais de 100 moedas. O que mais chamou atenção é um objeto com menos de dois centímetros.
O relatório explica que é uma peça ornamental, usada provavelmente em um colar, chamada de scarabée. O ornamento recebe esse nome porque seu formato remete a um escaravelho. Os antigos egípcios, reverenciavam esse inseto pois o relacionavam com o deus do sol.
  
Considerada a descoberta arqueológica mais importante de 2013, o escaravelho, juntamente com outros artefatos do sítio de Khirbet el-Maqatir, ficarão em exposição no museu da Universidade Baptista de Houston. No dia 8 de fevereiro haverá no local um simpósio para destacar a importância da descoberta para a arqueologia bíblica.
O relatório da ABR afirma que o escaravelho possui inscrições indicando que provavelmente pertenceu ao último rei de Ai. A datação dos objetos encontrado apontam para o final da era de bronze, entre 1550 e 1450 a.C. Esse período histórico é condizente com o que é historicamente aceito para a narrativa de Josué.
Arqueólogos já haviam feitas descobertas no local em outros tempos, mas haviam dúvidas sobre a exatidão da narrativa de sua conquista. Agora a prova “definitiva” foi encontrada.
Sítio arqueológico
Local das escavações.
“Muitas descobertas arqueológicas estão diretamente relacionadas com as Escrituras e confirmam a historicidade do relato bíblico”, afirma o material oficial divulgado pela ABR. “Outras descobertas oferecem fascinante material de apoio para as narrativas bíblicas. Quando as pessoas ficam sabendo dessas descobertas, a Bíblia ganha vida e o estudo da Bíblia torna-se mais interessante e significativo.”
O doutor Henry Smith Jr., diretor de desenvolvimento da ABR, explica: “Nossa tese foi que a fortaleza [de Ai] foi destruída no final da era de Bronze I. Com base nas evidências arqueológicas que descobrimos, é do mesmo período de tempo, proporcionando-nos uma data de ocupação independente da cerâmica… A Bíblia registra que a cidade de Ai foi ocupada no final do século 15 a.C, e destruída pelos israelitas. O escaravelho é consistente com essa afirmação. ”

Mosaico cristão de 1.500 anos é desenterrado em Israel

Diversos animais são retratados em desenhos no chão de uma antiga igreja da época bizantina
por Leiliane Roberta Lopes

Depois de três meses de trabalhos, uma equipe de arqueólogos israelenses desenterrou um moisaco de 1.500 anos. Os desenhos estavam no chão de uma igreja bizantina localizada na vila de Aluma, no sul de Israel.
A descoberta começou durante uma escavação para a construção de uma obra. Os arqueólogos perceberam que ali funcionava uma basílica e além do mosaico encontraram também bases de uma coluna de mármore que dava sustentação ao edifício que tinha 22 por 12 metros.
O moisaco mostra figuras de diversas espécies de bichos como zebra, girafa, leopardo, flamingo e coelho. Os estudiosos só estranharam que a figura humana que foi gravada no mosaico foi cuidadosamente destruída.
O jornal israelense “Haaretz” conversou com o pesquisador responsável pela escavação, Daniel Varga, que explicou que a figura humana pode ter sido apagada porque na época do Império Bizantino os devotos se opunham à representação de seres humanos dentro das igrejas.
  
Mosaico cristão
Trabalhos de escavação do mosaico em Israel (Foto: Menahem Kahana/AFP)
Entre os achados os pesquisadores não encontraram nenhuma inscrição que indicasse o nome do local. Os arqueólogos acreditam que o espaço servia a diversas comunidades que cercavam a região entre Ascalão e Jerusalém. Com informações G1.

Exposição vai mostrar supostos restos mortais de Tiago, irmão de Jesus

O ossuário foi motivo de investigação por conta da inscrição que pode ser o registro mais antigo que apresente o nome de Jesus
por Leiliane Roberta Lopes

O colecionador de antiguidades Oded Golan pretende expor em Israel um ossuário onde supostamente estão os restos mortais de Tiago, irmão de Jesus.
Por fora da caixa há uma gravura com a frase “Santiago, filho de José, irmão de Jesus”, o que pode fazer com que este seja o registro mais antigo com o nome de Jesus.
A inscrição fez com que o colecionador fosse investigado por suspeita de fraude. Por dez anos Golan foi investigado até que recentemente conseguiu provar sua inocência tendo alguns pesquisadores testemunhando a seu favor.
“A inscrição está gravada em um roteiro judaico e foi feito com instrumento afiado. Acho que foi feito à mão. É uma inscrição autêntica”, disse o Professor Gabriel Barkay, da Universidade de Bar-Ilan, em Tel Aviv.
  
Outros especialistas apontam falhas na inscrição e discordâncias de espaçamento e profundidade na gravura. Fora isso Golan ainda enfrenta a fúria do Vaticano que afirma categoricamente que Jesus Cristo não teve irmãos ou irmãs de sangue.
Em entrevista ao “The Guardian” o colecionador afirmou que por conta das investigações a caixa foi desfigurada e terá que ser reparada para ser exposta ao público.
Golan adquiriu o ossário em 1970 e chegou a expor em 2002 em um museu em Toronto (Canadá) quando veio a denúncia de fraude, fazendo a exposição ser interrompida. Com informações Christian Post.

Jarro de 3 mil anos comprova reinos bíblicos

O texto marcado no objeto pode comprovar a existência do reino de Salomão
por Leiliane Roberta Lopes

Um jarro de barro descoberto em Jerusalém pode comprovar a existência dos reinados de Davi e Salomão. O achado foi apresentado pelo professor da Universidade de Haifa (Israel), Gershon Galil, como um objeto de 3 mil anos.
Encontrado em julho do ano passado, o jarro tem uma inscrição que pode ser o texto alfabético mais antigo encontrado na cidade histórica.
“Nós estamos falando de reis verdadeiros, e os reinos de Davi e Salomão foram um fato real”, diz o professor.
Os cientistas analisam o significado das palavras escritas, mas Galil adianta que a inscrição indica o 20º ou 30º ano do reino de Salomão.
  
Três letras incompletas dificultam o entendimento da mensagem, Galil traduz como “yah-yin chah-lak” que em hebraico significaria “vinho inferior”.
Os estudiosos estão animados com o achado, pois tendo um objeto com inscrição em hebraico pode significar que os israelitas chegaram a Jerusalém antes do que se acreditava, colocando-os em um tempo que a própria Bíblia indica o reinado de Salomão.
“A coisa mais importante é que (o jarro) nos conta que alguém naquele período sabe como escrever alguma coisa”, diz o professor da Universidade de Haifa.

Estudo arqueológico comprova veracidade de 50 personagens bíblicos

Pesquisa acaba com dúvidas sobre relatos bíblicos
por Jarbas Aragão

O arqueólogo Lawrence Mykytiuk liderou um estudo da Universidade Purdue comprovando a existência de pelo menos 50 pessoas mencionadas no Velho Testamento. O relatório apresenta uma lista de pessoas de destaque em Israel e governantes da região da Antiga Mesopotâmia.
O material da pesquisa foi publicado pela revista especializada Biblical Archeology Review em sua edição de março/abril. “Ao menos 50 pessoas mencionadas pela Bíblia foram identificadas no registro arqueológico. Seus nomes aparecem em inscrições condizentes com o período descrito pela Bíblia, na grande maioria dos casos”, escreveu o pesquisador Lawrence Mykytiuk
A revista Biblical Archeology afirma que a extensa documentação arqueológica é acompanhada de uma detalhada compilação das referências bíblicas referentes a cada uma dessa 50 pessoas. A maioria dos casos não era objeto de disputa, mas algumas, como o rei Davi, durante séculos tiveram sua autenticidade questionada. A revista dedicou um amplo espaço para mostrar como não há dúvidas da veracidade dos relatos, questão sempre disputada por estudiosos.
Veja abaixo um resumo do material apresentado:
  
Tabela-Prime-Arqueologia